GPT-5: Revolução ou Decepção?
- Leonardo R. Cordeiro
- 17 de ago.
- 3 min de leitura
Uma análise completa do lançamento e comparativo com as principais IAs de 2025
Em agosto de 2025, a OpenAI finalmente lançou o tão aguardado GPT-5, prometendo ser "o modelo mais inteligente, rápido e útil até o momento". Com uma janela de contexto expandida para 400k tokens e capacidade de output de 128k tokens, o modelo chegou com grandes expectativas da comunidade. No entanto, a recepção inicial foi mista. Enquanto os benchmarks técnicos mostram melhorias significativas, muitos usuários relataram experiências frustrantes com o novo modelo.

A Ascensão de um Novo Concorrente
Enquanto a OpenAI se afogava em críticas, uma nova estrela surgiu para preencher o vazio. A empresa Z.ai lançou o GLM 4.5, um modelo de código aberto que rapidamente chamou a atenção. Diferente do GPT-5, que priorizou a formalidade, o GLM 4.5 chegou com uma proposta diferente: alta performance em tarefas técnicas, como programação, com a flexibilidade de um modelo de código aberto.
O GLM 4.5 se mostrou um competidor formidável, com benchmarks que rivalizam e, em alguns casos, superam os modelos de ponta. Ele opera em um modo híbrido que permite escolher entre raciocínio profundo e respostas rápidas, oferecendo a personalização que os usuários sentiam falta. A sua chegada é um lembrete de que a inovação não acontece apenas a portas fechadas em grandes corporações, mas também na comunidade de código aberto.
Apesar de toda a polêmica, o cenário atual da IA é mais competitivo e vibrante do que nunca. A "crise" da OpenAI provou que a qualidade da interação é tão importante quanto a capacidade técnica, enquanto o sucesso do GLM 4.5 mostra que há espaço para novos modelos que priorizem a flexibilidade e o desempenho, mesmo esse modelo tendo demostrado nos testes que eu fiz, falhas e problemas de desempenho em tarefas relativametne simples para outras IA´s.

Comparativo Benchmarks entre as IAs (Agosto de 2025)


Conclusão
O lançamento controverso do GPT‑5 levanta questões importantes sobre a diferença entre expectativa e realidade no desenvolvimento de IA. Embora seja tecnicamente superior em diversos aspectos, a experiência do usuário continua sendo um fator determinante para sua adoção em larga escala.
A tendência atual aponta para uma convergência nas capacidades dos principais modelos, com a diferenciação ocorrendo por meio de especializações, interfaces e modelos de negócio. O futuro deve concentrar-se mais em aplicações específicas e na integração com ferramentas externas.
O fato é que todas essas empresas estão em uma corrida contra o tempo, sob pressão de investidores e do próprio avanço tecnológico. Por um lado, isso amplia as opções para os usuários. Por outro, critérios essenciais para a evolução responsável da IA estão sendo deixados de lado — como o problema do alinhamento. Minha percepção é que, quanto mais elas competem entre si, mais distantes parecem estar de desenvolver um modelo que realmente atinja a singularidade (AGI ou ASI). Talvez esses modelos atuais não sejam, de fato, os que conduzirão à próxima grande evolução da inteligência artificial.
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